Em tentativa de reparação histórica, personalidades negras ganharão estátuas na cidade de SP
Após a polêmica com a estátua do bandeirante Borba Gato, incendiada por ativistas, a Prefeitura de São Paulo informou que a cidade irá ganhar cinco estátuas que homenageiam personalidades negras que nasceram ou fizeram história na capital. Por fim, são elas: a escritora Carolina Maria de Jesus, o músico Geraldo Filme, o atleta olímpico Adhemar Ferreira da Silva, a sambista Deolinda Madre (madrinha Eunice) e o cantor Itamar Assumpção. As obras devem começar em setembro deste ano e a previsão é que sejam instaladas em até seis meses.
Um estudo do Instituto Pólis, de novembro de 2020, analisou os 367 monumentos catalogados na capital paulista. Pois, dos 200 que retratam pessoas, 169 são identificáveis como homens e apenas 24 como mulheres. Contudo, dos homens, apenas cinco são negros, e entre as mulheres, apenas uma. É a estátua “Mãe Preta”, no Largo do Paissandu. Além disso, a pesquisadora do Instituto Pólis, Cássia Caneco, disse que a cidade tem muitas histórias para contar. “Mais importante que tirar ou colocar [estátuas] é o debate que se abre. Você olhar e se ver representado de maneira múltipla e diversa pode de alguma maneira reconstituir a dignidade desse povo que é diariamente massacrado”.
