Italo Ferreira, da tampa de isopor ao ouro olímpico

Italo Ferreira, da tampa de isopor ao ouro olímpico

A primeira medalha de ouro do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio é do surfe e veio com o potiguar Italo Ferreira, de 27 anos. Confiante desde a primeira bateria, ele não escondia de ninguém seu objetivo e reafirmava em várias entrevistas: “Eu vim pra vencer”. E venceu. Italo Ferreira teve uma participação impecável nas Olimpíadas de Tóquio e venceu todas a baterias que disputou. A final contra o japonês Kanoa Igarashi nesta terça-feira (27) foi um verdadeiro show de surfe. Até teve imprevistos, como a prancha quebrada no meio de uma manobra, mas ele fez rápida substituição. No total, Italo levou 15 pranchas — mas teve a bagagem extraviada e seus equipamentos demoraram a chegar em Tóquio.

Natural de Baía Formosa, litoral sul do Rio Grande do Norte, Italo Ferreira se encantou pelo surfe aos 8 anos de idade, mas só ganhou a primeira prancha aos 10. Antes disso, surfava com pranchas emprestadas dos primos ou usava as tampas das caixas de isopor do pai, que vendia peixe na cidade, como prancha.

Os treinos no quintal de casa lhe renderam a primeira vitória aos 10 anos de idade em um campeonato local e, de lá para cá, foram muitos títulos nacionais e internacionais. Além disso, foi bicampeão mundial Pro Júnior, campeão brasileiro em 2014 e, no mesmo ano, classificou-se para integrar a Liga Mundial de Surfe (WSL), a elite do surfe mundial. Já na primeira temporada, em 2015, Italo terminou como sétimo melhor do mundo e venceu o ‘Rookie Of The Year’ (o novato do ano).

Samara Teles

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