Os cientistas nazistas que tentaram desacreditar Einstein com argumentos racistas
Albert Einstein enfrentou cálculos extremamente complexos para resolver grandes enigmas do universo. E, ao mesmo tempo, suportou o feroz ataque de cientistas nazistas que — movidos pela inveja, pela ansiedade de se sentirem atrasados diante de novas teorias e inspirados por ideias racistas — tentaram deter a revolução intelectual gerada por um dos mais brilhantes físicos de todo o tempo.
E eles não eram inimigos quaisquer. Durante anos, dois ganhadores do Nobel de física, Philipp Lenard e Johannes Stark, lideraram uma campanha de descrédito contra Einstein, baseada em uma ciência influenciada pela ideologia nazista.
A estratégia deles era impor uma suposta “física ariana”, em oposição ao que consideravam uma física sequestrada por um, também suposto, “espírito judeu”. Lenard e Stark recusaram-se a reconhecer as duas teorias mais audaciosas da época, ambas impulsionadas por judeus: a relatividade de Einstein e a mecânica quântica de Niels Bohr. Tamanha era a raiva de Lenard e Stark que historiadores afirmam que seus esforços eram comparáveis a querer se tornar o “Führer da física”.