O que revela a venda de submarinos nucleares à Austrália

O que revela a venda de submarinos nucleares à Austrália

Acordo entre EUA e Austrália para a negociação de submarinos nucleares escanteou a França (que deixou de ganhar bilhões de dólares) e sinaliza a formação de uma ‘Otan do Indo-Pacífico’ – movimento no Oriente para conter o avanço da China.

O anúncio de que os Estados Unidos fornecerão submarinos à Austrália, atropelando um acordo de mais de US$ 50 bilhões que a França havia firmado para o mesmo fim, provocou uma crise diplomática entre Washington e Paris.

Para o país, tratava-se do “contrato do século”, tanto do ponto de vista econômico quanto de ambição estratégica. E interpreta o ocorrido como mais um sinal do esvaziamento da Otan – a aliança militar que uniu americanos e europeus desde o final da 2ª Guerra Mundial.

O cientista político Mathias Alencastro usa a expressão “Otan do Indo-Pacífico” para se referir à nova parceria entre EUA, Austrália e Reino Unido, que tem como pano de fundo a competição entre americanos e chineses.  Para ele, o que se encena na região é o “conflito do futuro”, enquanto o recém-encerrado em Cabul seria o do passado. A União Europeia, diz Alencastro, já foi mais impactada por 6 meses de Joe Biden do que por 4 anos de Donald Trump, e será obrigada a se reinventar.

Samara Teles

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