Número de mortes de mulheres devido ao câncer no pulmão pode crescer 43% em 2030

Número de mortes de mulheres devido ao câncer no pulmão pode crescer 43% em 2030

A taxa de mortalidade por câncer de pulmão entre as mulheres deve crescer 43%, de 2015 a 2030, de acordo com um levantamento publicado nesta quarta-feira (1) no “Cancer Research”, publicação científica da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer, entidade localizada nos Estados Unidos. Em contrapartida, a expectativa é de que as mortes por câncer de mama tenham uma queda de 9% nesse mesmo período.

No estudo, os pesquisadores analisaram as informações de mortalidade pelos dois tipos de tumores disponibilizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2008 a 2014. Para serem incluídos no levantamento, os países deveriam ter dados de pelo menos quatro anos durante esse período e ter população superior a um milhão de habitantes. Foram 52 países: 29 europeus, 14 americanos, sete asiáticos e dois da Oceania.

De forma geral, a taxa de câncer de pulmão deve passar de 11,2% em 2015 para 16% em 2030. O crescimento do hábito de fumar entre o público feminino puxa a alta, principalmente na Europa e na Oceania, enquanto as taxas mais baixas de mortalidade estão na América e na Ásia.

“Se não implementarmos medidas para reduzir os comportamentos de fumar nesta população, a mortalidade por câncer de pulmão continuará a aumentar em todo o mundo”, disse Jose Martínez-Sánchez, autor do estudo e professor associado e diretor do Departamento de Saúde Pública, Epidemiologia e Bioestatística da Universidade Internacional da Catalunha, em Barcelona.

A explicação para um aumento mais significativo em países da Europa e da Oceania, segundo o professor, é por que, nessas regiões, o hábito de fumar foi socialmente aceito entre as mulheres mais cedo do que na Ásia e nas Américas.

Sobre o declínio das taxas de câncer de mama, Martínez-Sánchez explica que a queda se deve a uma maior conscientização e que o câncer de mama está associado a estilo de vida, como ingestão de álcool e obesidade.

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