Acordo entre Trump e o Talibã que facilitou a volta do grupo ao poder

Acordo entre Trump e o Talibã que facilitou a volta do grupo ao poder

O roteiro para a rápida recuperação do poder no Afeganistão pelo Talibã foi concebido muito antes do grupo fundamentalista islâmico tomar a capital do país, Cabul, em 15 de agosto.

Em 29 de fevereiro de 2020, o governo dos Estados Unidos, presidido pelo republicano Donald Trump, e o Talibã assinaram em Doha, no Catar. O acordo que definiu um cronograma para a retirada definitiva dos Estados Unidos e de seus aliados após quase 20 anos de conflito.

Em troca, foi assinado o compromisso. O Talibã não permitiria que o território afegão fosse usado para planejar ou executar ações que ameacem a segurança dos Estados Unidos. Oficialmente chamado de Acordo para Trazer a Paz ao Afeganistão.

Contudo, no momento seu único resultado seja a queda do governo afegão, com a saída do presidente Ashraf Ghani do país. Além disso, o temor de que o Talibã restaure o regime fundamentalista imposto ao Afeganistão antes da invasão americana, em 2001. Muitos especialistas acreditam que o retorno do Talibã é uma consequência do Acordo de Doha.

“Aquilo não foi um acordo de paz, foi uma rendição”, disse Husain Haqqani, diretor para a Ásia Central e do Sul do Instituto Hudson e ex-embaixador do Paquistão nos Estados Unidos.

Samara Teles

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