Asteroide “potencialmente perigoso” passa perto da Terra

Asteroide “potencialmente perigoso” passa perto da Terra
Asteroide "potencialmente perigoso" passa perto da Terra
Foto: GDSSC

Nesta quarta-feira (29) um asteroide “potencialmente perigoso”, batizado oficialmente de 1998 SD9, passou muito perto da Terra em sua órbita no Sistema Solar. Segundo as melhores estimativas, ele tem uns 51 metros de extensão e deve ter passado a 1,6 milhões de km de nós.

Desde 1998, a União Europeia e os Estados Unidos, entre outras nações, monitoram os céus em busca de NEOs (Objetos Próximos da Terra) em um programa chamado de Spaceguard. O objetivo desse programa é catalogar todos os objetos com pelo menos 1 km de tamanho, que poderiam causar uma catástrofe global em caso de impacto com a Terra. Em 2011, a meta de ter pelo menos 90% deles catalogados e bem conhecidos foi atingida e de lá para cá o programa também se dedicou a procurar objetos menores que tenham perto de 150 m de tamanho. Esses obetos menores não causariam extinção global, mas em caso de impacto com a Terra poderiam dizimar o meio ambiente local, bem como arrasar cidades inteiras se caírem em regiões povoadas.

Dentro da categoria de NEOs está a categoria de Asteroides Potencialmente Perigosos, ou APPs. Os APPs são asteroides com pelo menos 100 metros de extensão que passem a uma distância menor que 0,05 unidades astronômicas, ou 7,5 milhões de quilômetros, o equivalente a 20 vezes a distância até a Lua. Até o momento são conecidos 1918 APPs, mas esse número pode variar de uma noite para a outra, já que objetos pequenos são muito difíceis de descobrir, pois são pouco brilhantes e são detectados apenas quando passam próximo à Terra. O maior APP conhecido é o asteroide Apollo com 7 km de diâmetro, o que poderia acabar com a vida na Terra em caso de impacto, mas sua menor distância até nós é 3,5 milhões de km.

Maior risco trazem os pequenos asteroides. Apesar de menos destrutivos, eles ainda podem causar tragédias incalculáveis caindo em grandes cidades e, por serem pequenos, são observados apenas quando estão próximos o suficiente para serem monitorados por telescópios. Como efeito, os elementos de suas órbitas são pouco conhecidos e isso se traduz em simulações pouco precisas. Ainda assim, de todos os APPs conhecidos, nenhum deles corre o risco de colidir com a Terra nas próximas centenas de anos. Eventos como esse do dia 29 são mais comuns do que se pensa.Na média, a cada semana, dois ou três APPs passam a uma distância inferior a 20 vezes a distância Terra-Lua.

Risco mesmo são os APPs desconhecidos. Eles são pequenos, em geral menores que 50 metros, e são descobertos quando estão muito próximos de nós. Um asteroide como esse poderia causar um belo estrago se cair em regiões habitadas e caindo no mar, poderia gerar tsunamis devastadores, mas a chance disso acontecer é muito pequena, pois é bem provável que ele se desintegre na atmosfera antes de atingir a superfície. As chances de acontecer um impacto tão devastor quanto o que acabou com os dinossauros é muitíssimo pequena. Um impacto como esse ocorre a cada 100 milhões de anos e como o último aconteceu a 70 milhões.

Fonte: G1

 

Editor VisãoTV

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