A herdeira que salvou incontáveis vidas do nazismo e inspirou filme

A herdeira que salvou incontáveis vidas do nazismo e inspirou filme

Nas primeiras horas de uma manhã de novembro em um quarto de hotel da Áustria, na época anexada pelos nazistas, Muriel Gardiner acordou com uma forte batida na porta.

Era um oficial da Gestapo, a polícia nazista, exigindo saber o que ela fazia no país. Com o coração batendo forte, a estudante de medicina educadamente respondeu que estava visitando a cidade de Linz como turista. O oficial fez mais perguntas, mas acabou indo embora.

Se tivesse investigado além, talvez teria descoberto que Gardiner não era quem dizia ser. Havia nascido em Chicago (EUA) em 1901, na família Morris, que havia feito fortuna com a indústria de carne embutida.

“Desde cedo ela sentia que era extremamente injusto que ela tivesse tanta riqueza, sabendo que outras pessoas não tinham”, explica Carol Siegel, diretora do Freud Museum London, que teve Gardiner entre seus fundadores e agora exibe uma mostra sobre ela.

“Ela passou a se interessar muito por política. Mesmo na juventude ela organizou uma espécie de protesto sufragista.”

Samara Teles

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